Olá!

Você não me vê por aqui há um tempo não é mesmo? E foi por um bom motivo. Essa daqui é uma nova newsletter que eu comecei, ela será bi-semanal e vai focar em um conteúdo mais pessoal, de coisas que eu gosto de escrever.

Essa edição vai ter só texto, mas a ideia é intercalar com imagens e coisas interessantes.

Eu quis mandar esse email agora (podemos chamar de pré-newsletter) para contar uma história, a história de como eu cansei de tudo que eu estava fazendo e resolvi começar tudo de novo. Uma história que eu queria contar pra você há muitos e muitos anos... Vai parecer estranho no início, mas fica comigo até o fim que espero que essa mensagem mude a sua vida como mudou a minha.

Criar conteúdo é cansativo

Crio conteúdo desde 2014. São 10 anos publicando na internet: textos, vídeos, podcasts, palestras, participações em outros canais, no total são mais de 2000 conteúdos... A criação de conteúdo é, simultaneamente, minha forma de documentar o que aprendo e minha maneira de retribuir à comunidade que me proporcionou tanto. Posso dizer, sem hesitar, que não teria chegado onde estou hoje se não fosse por criar conteúdo.

Porém, criação de conteúdo é muito mais do que só escrever um texto, criar um artigo, fazer um vídeo. Aquilo que você vê ali é o resultado final de muitas horas de trabalho e, as vezes, anos de pesquisa e experiência. Muitos dos meus artigos lá no meu blog demoraram horas para serem escritos – alguns, como o de criptografia RSA, levaram dias! Entre pesquisar algo, resumir, verificar, escrever, verificar novamente e, no final, tentar arrumar um jeito de deixar o conteúdo chamativo, mas ao mesmo tempo educativo.

O desafio do Criador CLT®

Tudo isso enquanto mantenho um emprego formal - sou o famoso "Criador de Conteúdo CLT", ou seja, eu amo o que eu faço, porém não paga as contas. Adoraria criar conteúdo em tempo integral mas, diferente do que muitos pensam, a não ser que você seja extremamente grande, criar conteúdo não é tão lucrativo assim. A previsibilidade de um emprego ainda é necessária na maioria dos casos.

Como faço grande parte sozinho, preciso usar vários chapéus: empresário, designer (sim, todos os gráficos que você vê aqui foram feitos por mim), social media, marketing e outros. O trabalho não termina na publicação - é preciso divulgar, alcançar mais pessoas... mas para quê?

As métricas da vaidade

Por mais que a gente fale que não se importa com a quantidade de seguidores, o número de likes, ou qualquer coisa do tipo, a realidade é que isso é necessário para te dar uma métrica de como você está impactando as pessoas.

Eu adoraria esconder todas as métricas e focar apenas nos comentários de feedbacks, mas eles são raros. As pessoas não interagem tanto nos conteúdos, então as métricas acabam sendo nossa única forma de avaliar se o conteúdo funciona, se precisamos mudar a abordagem.

E, como criador de conteúdo, o lado comercial também é importante. Marcas e anunciantes olham essas métricas para saber em média a quantidade de pessoas que eles podem atingir ao veicular um produto ou anúncio com você.

Ah, mas anúncios são ruins, por que tem que ter anúncios?

Concordo que anúncios podem ser problemáticos, mas são frequentemente a única forma de equilibrar tempo e retorno financeiro. O desafio é que muitos anunciantes acabam interferindo no conteúdo, algo que felizmente nunca precisei aceitar.

Mas então quer dizer que eu só crio conteúdo porque eu quero algo em troca? Não, na verdade esse é todo o ponto dessa newsletter. É uma rebelião, não contra os anunciantes, mas contra as redes sociais e a forma como nosso conteúdo é feito atualmente.

A minha rebelião silenciosa

Eu estou escrevendo essa edição à 01:10 da manhã, enquanto olho para o contador de palavras e penso: "Eu acho que isso está ficando longo demais", mas a realidade é que esse email vai ser tão longo quanto eu quiser que seja, essa é a minha newsletter, e eu vou falar o que eu quiser falar, por quanto tempo eu quiser falar, eu estou fazendo isso não para ganhar dinheiro ou para ficar famoso, eu estou fazendo isso porque eu adoro isso que eu faço, e eu quero compartilhar com você!

Rápido e superficial

O cenário atual privilegia conteúdo rápido e superficial. As redes sociais nos condicionaram assim porque conteúdos curtos significam mais tempo rolando feed, vendo mais anúncios, gerando mais lucro para elas. Agora temos especialistas de dez segundos em reels compartilhando assuntos (às vezes interessantes) de forma tão reduzida que muito se perde, focando apenas no que gera mais views (as vezes às custas da verdade).

Ao longo do tempo isso me desgastou tanto que eu pensei em parar de produzir conteúdo totalmente múltiplas vezes, porque eu adoro escrever (como você pode ver), e eu escrevo bastante, com detalhes, porque eu esqueço das coisas e meu próprio blog é um recurso que eu consulto tanto quanto os leitores. Não gosto de superficialidade, mas o modelo atual mudou não só para conteúdo raso e curto, mas também para priorizar vídeo sobre texto, o que força a gente a continuar criando (porque vídeos não são simples de editar...)

O que vem por aí?

E essa é a história dessa newsletter. Esse aqui é um espaço onde eu vou escrever muito, o que eu penso, vou ter opiniões (as vezes fortes), vou incitar discussões e te convido a comentar e participar comigo! Mas, acima de tudo: eu vou escrever o que eu gosto.

Aqui você vai encontrar:

  • História da computação
  • Resumos e opiniões sobre livros
  • Experiências pessoais interessantes
  • Reflexões sobre tecnologia e além
  • Todo aquele conteúdo do meu "backlog mental" que sempre quis compartilhar
  • Sugestões são bem vindas, só mandar nas minhas redes

Na próxima edição, vou trazer um tema que tem me fascinado ultimamente: história da computação! Mais precisamente a história do primeiro computador de todos pra manter o nosso ritmo de recomeços 😜

Espero que você goste desse novo espaço. Te vejo semana que vem!